Agentes de Endemias recebem capacitação para vigilância Entomológica passiva da doença de Chagas
Treinamento prepara profissionais para monitoramento e controle de triatomíneos no município
Publicado em 15/03/2025 09:17
Agentes de Combate às Endemias com certificado da capacitação.
Entre os dias 10 e 14 de março de 2025, os Agentes de Combate às Endemias (ACE) de Ilhéus participaram de um curso de capacitação voltado à vigilância entomológica passiva da doença de Chagas. A capacitação foi ministrada pelo agente de saúde pública, Paulo Robson Xavier de Assis da Secretaria de saúde do estado.
Momento da implantação do PIT na UBS Sara Kubitscheck.
A iniciativa tem como objetivo preparar os profissionais para identificar, monitorar e eliminar possíveis focos do Triatoma, popularmente conhecido como “barbeiro”, inseto transmissor da doença.
E de acordo com o agente de saúde pública, a capacitação teve carga horária de 40 horas/aula, e o treinamento reforça a importância da participação popular na identificação desses insetos, incentivando a população a capturá-los e encaminhá-los aos Postos de Informação de Triatomíneos (PIT). “A partir dessa colaboração, os agentes farão visitas técnicas aos locais de captura, utilizando métodos especializados para determinar a presença de colonizações e, se necessário, realizar a eliminação química com inseticidas de efeito residual, explica Paulo Robson.
Paulo Robson, palestrante.
A importância da capacitação contínua
Os Agentes de Combate às Endemias desempenham um papel fundamental na saúde pública, atuando no combate a diversas doenças transmitidas por vetores, como dengue, zika e chikungunya. Por isso, capacitações como essa são indispensáveis para que esses profissionais ampliem seus conhecimentos e estejam aptos a atuar em diferentes frentes, contribuindo para a promoção da saúde e prevenção de doenças na população de Ilhéus.
Segundo Roberto Almeida, coordenador de combate às endemias, após quase 15 anos, os agentes de Ilhéus voltam a ser capacitados para o controle da doença de Chagas. “A implantação do primeiro PIT na UBS Sara Kubitscheck já é um avanço, e em breve outras unidades também receberão o programa”, afirmou.
A formação é uma iniciativa do Programa de Controle da Doença de Chagas, em parceria com as autoridades de saúde do município de Ilhéus, e reforça o compromisso com a vigilância e o controle de doenças negligenciadas.
Município de baixo risco, mas monitoramento é essencial
Ilhéus está classificado como município de baixo risco para a doença de Chagas, pois as espécies de triatomíneos mais frequentes na região não possuem preferência por sangue humano e raramente formam colônias dentro das casas. No entanto, todo triatomíneo pode ser vetor da doença, uma vez que, ao se infectar com o protozoário Trypanosoma cruzi, torna-se um transmissor potencial.
Dessa forma, a vigilância entomológica passiva se torna um instrumento essencial para o controle da doença, permitindo que os agentes avaliem as espécies presentes no município e garantam uma resposta rápida em caso de colonizações.
Por Ascom Sesau
por sesau