CRAM realiza ação de divulgação e orientação para mulheres, em Ilhéus
Durante o dia, foram distribuídos materiais informativos e a Sesau disponibilizou serviços para a comunidade reunida na Praça J.J. Seabra, em frente à Câmara de Vereadores, no centro da cidade
Publicado em 09/03/2017 17:53
A Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), através do Centro de Referência Especializado à Mulher (CRAM), realizou ontem, 8, ação de divulgação, orientação e abordagem sobre a violência contra a mulher durante o mutirão promovido pela secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau).
Durante o dia, foram distribuídos materiais informativos e a Sesau disponibilizou serviços para a comunidade reunida na Praça J.J. Seabra, em frente à Câmara de Vereadores, no centro da cidade. O CRAM apresentou estudos realizados pelo órgão entre os anos de 2015 e 2016, trazendo um painel com os números da violência no município, bem como o perfil das mulheres que sofrem agressão quanto aos tipos de violência, número de filhos, raça, profissão, estado civil e nível de escolaridade.
Os dados se fundamentam nos atendimentos sociais, psicológicos e jurídicos realizados. De acordo com o perfil traçado, das mulheres que sofrem agressões 27,95% possuem o ensino médio, 40,07% são casadas, enquanto 45% não têm profissão, 66,66% são pardas e também possuem, em média, dois filhos.
A coordenadora do CRAM, Edlena Vaz Lins, ressaltou que a violência psicológica é a que mais acontece com as mulheres, chegando a 33,45%, seguido da violência física, com 22,22%. Em seguida, vem a violência moral com 21,50%, a patrimonial com 16,53% e sexual, que chega a 6,30%. “Queremos que as mulheres conheçam o serviço que é destinado para elas, que se conscientizem, saibam dos seus direitos e procurem ajuda”, afirmou.
Na oportunidade, a secretária de Desenvolvimento Social, Soane Galvão, destacou a importância da parceria entre as secretarias do município na realização de ações conjuntas que intensifiquem e humanizem o atendimento à sociedade. “É importante todas as secretarias trabalharem juntas e garantir os direitos dos cidadãos. Mais uma vez, fizemos uma ação com a Sesau e com o CRAM, oferecendo também o programa Bolsa Família para atender ao público presente”.
A ação, voltada ao público feminino, contou ainda com a apresentação do “Violentômetro”, uma espécie de termômetro que indica e identifica se a mulher está ou não sofrendo algum tipo de violência, a partir da sinalização das atitudes diárias dos seus companheiros. A assistente social, Fátima Inês Albuquerque, explica que ele funciona como um despertador e as mulheres devem prestar atenção em qual situação se encontra de acordo com as informações nele contidas.
Atendimento - Aberto de segunda a sexta, das 8h às 17h, o CRAM oferece acompanhamento com psicóloga, advogada e assistente social, com a finalidade de prestar apoio psicológico, jurídico e de empoderamento social para as mulheres vítimas de violência doméstica. Além disso, o Centro encaminha os casos notificados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), à rede de saúde, ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e ao Centro de Referência da Assistência Social, (CRAS), além dos órgãos de justiça. Para denunciar a violência contra a mulher, basta ligar para o número 180, num serviço conhecido como“Disque 180”.
por Secom